Delírios necessários?
Vivemos num mundo que abraça e cultiva a apatia, a mentira, a ganância, a corrupção e a libertinagem como se fossem virtudes.
Paz, felicidade, Deus, alegria, amor, esperança, tudo isso não passam de idéias que são transformadas em sensações no corpo humano pelo nosso cérebro. É impressionante e ridículo ver multidões de pessoas se alimentando de ilusões.
É mais fácil crer do que investigar o que é dito como sendo “a verdade”. É mais fácil esconder-se nos prazeres ilusórios do sexo, das drogas, das igrejas, das diversões fugazes, do que encarar o vácuo sem sentido que é o mundo e a vida em si.
É mais fácil bater e espancar uma criança ou um adulto, em vez de educá-los, de ensinar-lhes a verdade, de lhes mostrar como se deve abrir os olhos do coração.
Vivemos num mundo onde o slogan primordial é “não temos tempo a perder”, como se soubéssemos de fato o que é o tempo, o que é o mundo, o universo, e o porquê de nós existirmos e estarmos aqui! Todos têm e apregoam em tom de certeza suas respostas, mas nenhuma delas explica nada verdadeiramente. Não passam de suposições que são aceitas pelas pessoas como sendo verdadeiras. É incrível o prazer do ser humano em se auto-enganar, em se auto-iludir. Vivemos num mundo fictício, inserido num universo fictício, feito por um Deus fictício, e adorado por pessoas e nações fictícias, com suas metrópoles, carros, aviões, guerras, ideologias e certezas fictícias. O próprio imaginar que para toda ficção existe um autor, também não fará parte e não estará inserido na própria ficção?