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A ver e a ser as pessoas de todos os dias , que caminham sob céus de baunilha e no meio dos pássaros que brincam ...................
Sentir uma dor fininha, querer se desligar... Olhar para o céu e querer escapar... Olhar para o céu e perceber que se está pregado ao chão...
não dá pra não colocar, tem tudo a ver
não dá pra não colocar, tem tudo a ver
Toda personagem que passa a ter vida própria, seja qual for a cultura que a tenha criado, torna-se a sofrer com esse dilaceramneto que deveria ser sua liberdade mais genuina e originária. Por que isso? Quando a personagem rompe o foco de realidade que a constituia arbitrariamente, ela não cai num "fora" absoluto e inalienável. Pelo contrário, passa a ver com evidência o que os outros mal sentem, e pelo fato de ter sentido profundamente, foi necessário romper a alienação que a sufocava, entretanto, paradoxalmente a esta liberdade, chega-se à ponto de sua própria finitude. Não teria sido por isso que Nietzsche disse que "precisamos das ilusões, isto é, das não-verdades que acreditamos serem verdadeiras"? O ser humano talvez precise reaprender a ser criança, a recomeçar nos trilhos da puberdade, esquecer as faixas etárias criadas, as convenções sociais que lhe aprisiona ainda quando não mais se sente personagem da cultura que lhe criou. Quando o medo toma a vida de alguém tão profundamente é porque ainda há resquícios da identidade a qual o mundo lhe aprisionou. É deste índice que é preciso fazer-se esquecer, é preciso gozar esta liberdade alcançada, e não sofrer, se sentir culpada por enxergar a vida a partir de um outro foco de realidade. É preciso depois de abrir os olhos, continuar a conspirar com essa liberdade. Descartes fala sobre isso nas meditações! Ele se reporata a um escravo que conspira com o sonho da lberdade, e não quer acordar jamais. Siga em frente também!
Enviado por Tom Muniz