DOIS LADOS

Eu me sinto um giz,

Rabiscando a própria essência...

Mágoas, ventos em proa,

Noites frias, dormências...

Decepção, o outro lado da sede,

Razão, o atestado da fome...

Um lado é volúvel e suspeito,

O outro, as vezes machuca, mas estreita...

Recordações e promessas,

Laços, esparadrapos...

Uniões inconsistentes abertas,

Entre chaves e cadeados...