Balanço geral!
Eis algumas palavras que escuto todo final de ano. Vamos fazer um balancete do que fizemos..vamos jogar fora o que não valeu a pena..Vamos fazer nossos pedidos para o ano que se inicia..
E por aí vai esta mesma conversa, já desfiada de tanto ser usada.
Neste final de ano, será diferente!..
Uma belíssima taça de champanhe, vestido leve, cabelos ao vento.
Um único pedido:
Senhor, seja eu digna de tanta felicidade! Ao meu redor, filhos, família, amigos. Mais adiante há dor, lágrimas..Não consigo ser feliz por inteira, sabedora destas desgraças.
Como vou brindar, cruzar mãos, fazer pedidos? Colocando um véu no rosto para não ver o sofrimento nos olhos daqueles que mesmo longe, fazem-se sentir?
Não quero dizer também. Ah, não posso e não dou conta de resolver os problemas do mundo, pois o problema está em nós. Nossa mesquinhêz, nossa pequenêz e egoísmo ao erguer uma bela taça de champanhe, vestido esvoaçante etc e tals!
Tá na hora do balancete sim, mas sem hipocrisia. Não posso ser feliz como imagino deva existir, enquanto ao meu lado há lágrimas e fome!
Quero olhar as luzes, não das árvores, pois estas queimam. Quero ver luzes nos olhos das pessoas, o abraço sincero, os votos de um mundo melhor. Passar esperanças que de fato a vida vai ser diferente a partir do momento que nos predispormos ajudar.
Saiamos do ostracismo. Mãos à obra!