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e só precisava de amor
do que amei do que temi....
Tão completa em duas mãos
E desse lugar em que estive
me deitei inteira e vi o teto da felicidade
carinho
Quanto se tem para imaginar de alguém que pôde experimentar ir da condição sensível da flor à qualidade de centelhas de brasa ardente. Este estalado que a vida nos provoca ouvir enquanto nos retira a força para falar é um mistério sublime quando o podemos atravessar: todo este ruido do fogo estridente da existência. Como diz Victor Hugo, "a felicidade está ao pé da tristeza e vice-versa", e assim, só temos consciência de nossa condição ambulante no espaço semelhante e estranho de nosso modo de existir, porque nele oscilamos numa eternidade desenfreada e enlouquecedora, porém, riquíssima em significações. E neste movimento, a personagem de seu poema parece ter certeza disso quando revela que "só precisava de amor", do que´se permitiu amar totalmente entregue e talvez do que sem admitir, amou com muito medo. No entanto, com sua bravura pôde se sentir feliz, plenamente feliz nessas duas mãos que tanto a quis. "Tão completa em duas mãos/E desse lugar em que estive/me deitei inteira e vi o teto da felicidade..." Poucos seres humanos desenvolve essa capacidade de se despertar da própria consciência única e tirânica, feito uma mora, um imperativo que diz: VIVA ISTO OU AQUILO, JAMAIS EM DUAS MÃOS SIMULTANEAMENTE. Sendo assim ou não, o importante é encontra a felicidade na medida em que se supera a condição criada que aprisiona o desejo do qual não temos qualquer freio. É o desejo é pronto. Segue o prazer e pronto. Nasce-se para morrer, e morre-se pedindo a vida que sempre recusou...