Não me ensinaram a fazer poesia

Não ando mais com papéis nos bolsos.

(como se o tivesse feito algum dia).

As frases que imagino me somem,

A cada passo é uma palavra perdida.

Um dia quem sabe,

Ser poeta, antes que o mundo acabe.

Porém ninguém me ensinou

As regras a serem seguidas.

Só lhe pergunto...

Para que as rimas?

Se a idéia é que interessa.

Ou será que o nada e a rima,

Vendem mais?

Sou um cego na escuridão.

(ou na luz, que diferença faz?).

Sou o cego que lê as linhas,

Que marca as frases,

e esquece o contexto.

Sou o plágio do avesso.

Sou a história repetida.

Sou o verso já dito.

Ser um poeta quem sabe,

Antes que o mundo acabe.