Monstros internos

Há monstros que adormecem dentro de mim... mas que sono leve eles têm.

[e eu que nem ao menos sabia que o meu interior era morada de algo, pensei ser oco]

Uma sacudida mínima que a realidade me dá, desperta-os, fazem-os saírem em prol de me defender.

Meus olhos ficam opacos, meus punhos se cerram, e estou pronta para o que der e vier. Viro exteriormente a muralha que há dentro de mim.

Metamorfose pura. Nenhuma dor me pertence, nenhuma lágrima ousa sair, criei uma barragem atrás de meus olhos.

Agora é assim: eu contra eu mesma.

Dá-se início a uma batalha que não vai ter fim.

Jéssica Valim Amâncio
Enviado por Jéssica Valim Amâncio em 18/11/2008
Código do texto: T1290159
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