O mundo ao redor de mim
“A liberdade fala: Volte a voar !”
As cartas foram postas a mesa, os olhares ainda me condenam por ser tão, excentrica, eu diria. Sobreviver nesse mundo, com ou sem meu ideal, ainda é vencer o medo do desacerto de conseguir enxergar o adeus, a doce morte.
Morro a cada dia e em cada amanheçer eu renasco, sozinha e calada, com todos os olhares de reprovação a minha volta. Eu insisto e persisto, eu sou mais do que você e o que os outros pensam. Minhas asas ainda estão cortadas, mas já saradas, tenho que voar, pois elas insistem em crescer novamente.
Não se deve esconder os sentimentos para não se magoar. Se eu não escondo, tenho meus principios. Mas o passado já passou, hoje o meu jardim é tão florido quando os cactos de um tenebroso deserto. Me completei com o passado que um dia me fugiu, mas as lágrimas formaram poças de agua cristalina.
Hoje, somente por hoje, revivi meu passado e as dores que ele me causou. Mas o adeus já se foi dado, a morte que era certa se fez, onde menina doce que sou, resolveu plantar em seu tumulo um caule de uma roseira, que começa a florescer. Quando menos eu esperar, começarei a colher as rosas que um dia se foram.
Minha vida, somente minha. Meu coração e o mundo ao meu redor, será apenas meu e quando alguem começar a enxergar isso, saberá que tudo o que eu falo sempre tem um pouco de razão e sapiência.
“E é mesmo assim, o mundo ao redor de mim, é mesmo assim
As coisas tão confusas, e ninguém pra te ajudar.”