Há de se fazer vida.
Lá estava ele.
Quatro dias no piloto-automático. Drogado. Magoado. Acabado.
Quatro dias sem saber o que estava fazendo, se estava vivendo ou morrendo.
Quatro dias, dia-após-dia sem se lembrar da véspera,
Cheirou?Fumou?Bebeu?Brigou?Doeu?...
Não sabia,
tudo o que ele lembrava era que queria [desesperadamente] esquecer sua vida até o presente momento. Apagar seu passado todo, como a festa da noite anterior foi apagada de sua memória num súbito lampejo de inconsciência. Mas queria sua consciência ainda consciente.
Queria era começar a lembrar de outra vida
e não da que era dele anos a fio(e era vida?!)!
Uma vida nova,
que há de ser vivida, que há de se fazer vida,
que faça parte do seu dia-a-dia.
(viva!)
'tristeza não tem fim... felicidade sim.'