O que dizem por aí

Esses dias aí ouvi um poeta e autor de vários livros falar sobre a poesia concreta.

Ao longo do seu excêntrico discurso ele comentou sobre o seu primeiro contato com ela, e que consequentemente foi também a sua estréia no universo literário.

Todo o discurso seria considerável, se em certa altura dos seus dizeres, ele não fizesse um comentário que discordei, classificando a Poesia Concreta como, “ Besteirinhas Poéticas “, deixando óbvio que tudo aquilo na sua opnião não tinha valor. Esse e muitos outros comentários polêmicos, foram ditas ao longo da noite, se fossem só polêmicos, estariam de bom tamanho.

No posição de contestador da opinião desse poeta, digo que ele foi contraditório em seu discurso pelo simples fato de o universo literário se basear na concentração e inovação de idéias. Todo o processo de inclusão à poesia modernista em seu caso foi muito impotante para a consolidação de sua própria carreira, levando em conta que liberdade de expressão, linguagem literária e criatividade são de suma importância na formação de qualquer poeta, e não apenas a técnica. Claro que cada pessoa tem o direto de livre pensamento, direito de concordar e discordar de todos as coisas, ajuda até a esclareçer a posição de cada um como ser humano e na sua contribuição com a humanização. Mas pra uma pessoa que não possui a tolerância quanto a criatividade e a necessidade de exprimir pensamentos, até mesmo eles críticos, jamais saberá o que a poesia quer da gente. Viverá do Classicismo que é o mesmo que viver sem poder ultrapassar os 14 versos do soneto.

Poesia é você ser, sem restrição de ser!

Para o lado cético, já existe a poesia do dia a dia que já nos obriga a estabelecer regras para se viver em sociedade.

Mal sabe ele que liberdade é o que todo espírito quer…

"A poesia não se entrega a quem a define."

{Mario Quintana}

Duílio Oliveira
Enviado por Duílio Oliveira em 12/11/2008
Reeditado em 28/03/2010
Código do texto: T1279992
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