Você não pode simplesmente me arruinar
e dizer que sente muito.
Tão pouco se sentar desolado e dizer
que a culpa é sua.
Estamos tão doentes diante deste senti-
mento que nos agredimos mutuamente.
Minha carne tras as marcas de sua fúria
e em minha alma os sinais de sua into-
lerância.
Quantos dias mais sera necessário para
compreender que assasinamos nossos sen-
timentos.
Que fomos responsáveis pelos atos que
hoje é o resultado do fracasso.
Não ha culpados porque me calei desde a
primeira vez que você me machucou.
Permiti sua ira em silêncio alimentando
sua perversidade.
Não reagi e aceitei crendo que tudo era
amor.
Mas não era, ilusões a apego me venda-
vam os olhos.
Você chorara e me dira que estou equi-
vocada.
Concordo, porque quando unimos dois
mundos temos o sonho de torna-lo eter-
no.
Desejamos com a alma que o amor perma-
neça mesmo que venha as tempestades.
Não nos preparamos para o fim, tão pou-
co sabemos ao certo como ir se uma vi-
da divida a dois era tudo que possui-
mos.
Porém, quando tudo se resume a perdas
e dores ficar sera frustrante.
Não morremos quando nosso coração para
de palpitar ou nosso cérebro desliga.
Morremos quando damos ao outro o poder
sobre nós.
Eu o fiz por acreditar que seria mais
fácil delegar a missão da felicidade ao
outro do que eu ir em busca.
Me perdoe, viver sobre sua força e seus
caprichos me deixa pequenina.
Aceitar sua ira esta me anulando como
ser pensante.
Aceitar suas surras por erros que des-
conheço me faz conivente com sua covar-
dia.
Não só o meu físico tras marcas, minha
alma esta despedaçada pelo terror psi-
cológico que você exerce sobre mim.
Estamos doentes e precisamos romper es-
ta cadeira de flores.
Necessitamos quebrar as correntes que
nos unem para encontrar a vida.
Uma vida que nos devolva equilibrio e
serenidade para existir.
Não existimos, estamos andando em cir-
culos viciosos que mascaram a verdade.
Este é o momento de nós desligarmos o
vínculo que nos torna dependente um do
outro.
E prosseguir rompendo com esta história
que só nos feriu.
E levarmos as lembranças de que um dia
houve amor, mas ele dilui por nossas
ações.
-Camomilla Hassan-