POEMA ETERNO
Não, nada dura o quanto promete.
Quando em presente tudo parece perene...
Não sei, mas me é uma bobagem
confiar a felicidade na constância
de coisa que não a própria vida.
Eu tenho medo de morrer.
Mas não devo estar triste
Se posso chorar com minhas forças
Porque os eventos são ilusões
que alegres se recebemos bem.
Há injustiças, mas há a força nossa.
Há a Força, porém a ética.
Há versos vazios, aterros...
Há o caos, e nem há de verdade
e nada mais de verdade há.
Não, nada dura quanto parece.
Quando em presente tudo promete perene...
Não sei, mas me é uma loucura
confiar a tristeza na mudança
de qualquer coisa eterna da vida.