Aconchego do Silêncio
A chuva banha o dia, tornando-o aconchegante, posto que não é torrencial. As montanhas que me rodeiam imponentes, escondem seus cumes na neblina que insiste em romancear esse dia.
Brindo meus ouvidos com melodias que aconchegam ainda mais, uma trilha sonora especial, recheada de memórias recentes.
Memórias de carinho e de cuidado, de coisas simples que abrilhantam a vida. Eventos e fatos cotidianos que tornam dia a dia tão especiais quanto às pessoas.
Pessoas entram e saem da nossa vida, num piscar de olhos, mas só cabe a nós enxergá-las como merecem, cuidá-las como merecem, sentí-las como são.
Ainda que por vezes sejamos pegos de surpresa, devemos relaxar e sentir, curtir cada fato, ler cada ato. Aproveitar o dia, a noite, o riso, o olhar, o carinho, e ser puro, ser sensível, ser paciente e seguro.
O silêncio brinda os encontros, regados a olhares, risos e pensamentos. Brinca em nossas mentes, assim como as gotas que caem da chuva brincam no ar, beijam o chão.
O dia já está na metade, a chuva é insistente, as montanhas continuam nebulosas. E eu? Eu encontro-me imersa na chuva, na neblina, nos pensamentos e no silêncio aconchegada.