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Busco as possibilidades para um amanhecer jubiloso, absorto em graça e poesia dentro dessa estática fria intitulada modernidade. Moldar-nos para cada ambiente, cada situação, como um ator e o cenário, o pintor e a tela, viajando em espaços e vidas criados pela magia da arte. A realidade esconde a mágica, sucumbe à arte e intensifica-se nas palavras por vezes pensadas e não ditas, afogadas no egocentrismo irrelevante que carregamos como sobrepeso às carências que nos corroem sem mesmo sabermos por onde. É um desafio a ser superado diariamente e ao voltar para casa tomo um banho quente para limpar as cicatrizes deixadas pelos erros silentes, os quais escoam muitas vezes para o íntimo e latejam sutilmente como para fazer lembrar o quanto sou suscetível e vulnerável.

Ainda assim, ao amanhecer, espero mais.