SERÁ LOUCURA! OU SERÁ OUSADIA!...

Será!

Que o homem nunca aprende com os erros passados?...

Não basta o exemplo deixado pelas...

Intrigas, discórdias, guerras,

doenças, desastres ambientais

e as insanidades de dirigentes megalomaníacos...

Que tem visões pobres, medíocres até...

Podendo ser relacionadas a frustrações passadas...

Nuvens negras desfilam sem direção...

Formam temporais espessos...

Que mergulham o povo numa guerra santa...

E eles vestidos de espantalhos...

Humilhados e desprezado pelo seu semelhante...

Uma covardia sem fim...

Como já o fizeram no passado...

Talvez seja eu, o Almirante Negro

revoltado com as chibatadas e os grilhões...

Dando o grito de liberdade...

Não se dobrando aos seus algozes...

Morrem seres alados...

Seres marinhos...

Seres terrestres...

Morrem os seres humanos...

Alguns em nome de uma falsa liberdade...

De um falso social...

Já não são visíveis os grilhões, as chibatas e as baionetas...

Vigora agora os votos de currais...

Que se aproveitam da fragilidade do povo...

Da falsa seca...

Da violência planejada...

Da fome fabricada...

Da famosa impunidade...

Que ainda mantém o povo numa escravidão invisível...

Ah! Cartéis da corrupção...

Uma das maiores pragas...

De nossa grande nação...

Penso no mar revolto...

Que açoita o batel do pobre pescador...

Que colhe sua rede...

Muitas vezes repletas de lixo...

Deixando nas mesas pratos vazios...

E as grandes corporações de bucho cheio...

São tantos Cesáres...

Tentando serem Deuses...

Buscando na vaidade a imortalidade...

Afagando seus egos...

Com idéias mirabolantes...

Enquanto a sua volta as calamidades, continua há acontecer...

Por culpas de suas idéias alucinantes...

Há Grande Arquiteto do Universo! Porque tanta injustiça?...

Sinto que a revolta aflora em meu peito...

Pois às vezes mesmo sem querer...

Penso que não ouves minhas preces...

Talvez por não saber lhe escutar...

E nem quando perto de mim estás...

Consiga lhe enxergar...

Sei que devo trilhar caminhos tortuosos...

Transpor escarpas...

Vencer trilhas com espinhos...

Vencer as hidras políticas...

Penso que talvez nem o próprio Carlos Magno...

Neste espaço temporal em que vivemos...

Venceria estes desafios...

Quem sabe talvez Robin Hood,

que loucamente ousou desafiar os senhores feudais...

Se ele ousou

por que eu não posso ousar...

(Ocram 21/03/05)

Ocram Ilha
Enviado por Ocram Ilha em 22/04/2005
Reeditado em 28/01/2011
Código do texto: T12601
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