Angústia, velha angústia
A angústia me consome, a ansiedade me corroe
Não gosto de ser o simples de hoje em pensar
no que posso me tornar amanhã,
não quero muito, não pesso nada.
Não quero ser rico, quero ser feliz
Não gosto de culpar Deus, queria apenas agradecer.
Não gosto de ser só Duda, preferia ter nascido mais Cazuza,
ou mesmo um simples Senhor poeta de Bar, ganhando um aqui
outro ali, separando só a comida do filho e juntando o
dinheiro para trocar de chinelos.
Não quero muito, não quero BMW, nem Mercedes
só quero um All Star azul,
Tomaria 500 balas se elas me fizessem mudar de constelação
e nunca mais voltar, viajaria em pó mágico se eles pudessem
fazer a mágica da vida mudar.
Mais nada disso pode ajudar, angústia é sempre angústia.
As vezes desejo de morrer, em outras vontade de viver mais.
Onde começa o Louco e onde termina o poeta?
Afinal, é normal uma mente brilhante não se satisfazer como
ser humano e de vez em quando entrar em depressão, não é?
ESSE SOU EU, um homem por traz de um pseudônimo, Duda Boddah.