Luz - Campos das possibilidades infinitas
Todos nós vivemos no chamado “campos das possibilidades infinitas”. Ocorre que, em algumas circunstâncias e provavelmente por conta de nosso estado mental, as oportunidades parecem fluir na nossa direção com uma velocidade estonteante. Convém aproveitar a fase, sabendo que ela também passará e que não se trata de algo que ocorrerá para sempre em sua vida, mas mais especificamente por um período. A oportunidade está aí, como um passaporte para o seu desenvolvimento. As atitudes que otimizarão e que esta abertura em sua vida são as seguintes: em primeiro lugar, procure compartilhar a oportunidade, distribuindo os benefícios adquiridos; em segundo lugar, procure fortalecer seus objetivos e sonhos, comunicando ao mundo o que você deseja. Se você conseguir comunicar com eficiência, receberá aquilo que tanto anseia. Na maioria das vezes, não obtemos o que desejamos porque não nos dispomos a explicar com clareza o que queremos. Em muitos casos, nem sequer sabemos o que queremos! Mas quando o campo das oportunidades se abre, é preciso saber que vivemos numa sociedade que nos leva a sentir culpa quando assumimos as rédeas do nosso destino, quando assumimos o uso do poder. Todavia, existem circunstâncias em que não podemos ser tão “bonzinhos” assim, no que precisamos e devemos fazer sobre assumir uma postura de maior competição e desejo pelo poder sobre as coisas do mundo. O mundo espiritual se souber usá-lo com perfeição, é um conselheiro para sua vida e chama a atenção para a importância do cultivo do magnetismo pessoal para conquistar coisas no mundo material. Não tenha pudores de fazer valer sua força de autoridade quando sentir que é devido. Cuidado apenas, para não se deixar levar por emoções extremas demais.
Assim sendo, para mudar o mundo, primeiro precisamos mudar a nós mesmos. A vida nos leva por um caminho onde tudo que se passa em nossa jornada, são experiências adquiridas. No dia em que aprendermos a olhar dentro de nós mesmo ao invés de criticar os outros, veremos onde cada verdade está escondida e onde está o verdadeiro erro. Nós somos dotados de uma inteligência formidável, mas dividida em três: Consciência, subconsciência e inconsciência.
- A consciência é nada mais de que nosso comando diário. Onde tudo que fazemos é consciente, rápido e imediato. Tudo esta auto programado em nosso cérebro sem ao menos nos dar conta de mudar nada da rotina do que fazemos em nossas vidas diariamente.
- O subconsciente nada mais é do que uma força subconsciente querendo mostrar o que o consciente não quer ver, mas está sempre ali, lutando para sair, nos advertindo para os erros.
- O Inconsciente é nossa forma de mente total, onde estão ocultos todos os nossos segredos desta vida ou das vidas passadas.
Diante destes entendimentos sobre nossa consciência, devemos adquirir ao logo de nosso caminho experiência. Mas quem realmente consegue adquirir uma ampla experiência, se a todo momento, tudo se renova e se transforma. Assim, e não por mais, antes de tudo, devemos lembrar-nos dos grandes iluminados que viveram nesse planeta. Todos na antiguidade não se utilizam, em suas pregações, de uma língua sacra que se tornou incompreensível, mas sim de uma linguagem que todos pudessem compreender. Nem um nem outro codificou nem mesmo chegou a lançar por escrito sua doutrina, apenas apelam para a razão e para o entendimento de todos, com narrativas breves e parábolas simples, que todos são capazes de entender, tiradas da vida cotidiana comum e acessível a qualquer um, sem se prenderem a fórmulas, dogmas ou mistérios. Tanto para um como para outro, a grande tentação é representada pela ganância, pelo poder e pela cegueira. Nem um é legitimado por qualquer cargo, ambos se opuseram à tradição religiosa e seus guardiões, à casta ritual formalista dos sacerdotes e doutores da lei, que não demonstravam sensibilidade para com os sofrimentos do povo.
Todos contavam a história logo que se reunia com quem desejasse ouvir, um círculo de discípulos e um grupo mais amplo de seguidores. E não é apenas em suas condutas, mas também em suas pregações, que se manifestava uma semelhança básica. Eles não se apresentavam como mestres, isto lhes foram atribuídos. A autoridade de um e de outro se estriba não tanto na formação escolar, mas sim, muito mais na extraordinária experiência de uma realidade inteiramente diferente. Apresentavam uma importante mensagem de alegria, que contagiava e exigia das pessoas, uma mudança de atitude (metanóia: “andar contra a corrente”) e uma confiança (shraddha: “fé”). Não se trata de uma ortodoxia (interpretação, doutrina ou sistema teológico implantado como único e verdadeiro pela Igreja; dogmatismo religioso), mas sim de uma ortopraxia (correção das deformidades do corpo).
Nunca pretenderam dar uma explicação do mundo ou pôr em prática especulações filosóficas profundas ou uma casuística legal erudita. Suas doutrinas não são revelações secretas, não visavam uma determinada ordem jurídica, nem a determinadas condições políticas. Mas sim, partiam da condição provisória e efêmera do mundo, do caráter transitório de todas as coisas e da não redenção do homem. Tudo isto se evidencia na cegueira e na loucura, na situação caótica, no envolvimento com o mundo e na falta de amor para com os semelhantes. Eles em sua jornada apontavam um caminho para se libertar do egoísmo, da dependência do mundo, da cegueira – libertação essa que se alcança não pela especulação teórica nem pelo raciocínio filosófico, mas sim por uma experiência de vida nesse planeta e por uma transformação interior. Um caminho muito prático para a salvação de si próprio. Porém, para se chegar a essa salvação, nenhum exigiu condições especiais de caráter intelectual, moral ou ideológico. Bastava apenas que ouvissem, entendessem e daí tirassem suas conclusões. Ninguém era interrogado por sua verdadeira fé, nem se exigia nenhuma declaração de ortodoxia.
O caminho para eles, era o caminho do meio-termo entre os extremos do prazer dos sentidos e da autopunição, entre o hedonismo e o ascetismo (O hedonismo é uma doutrina filosófica que proclama o prazer como fim supremo da vida. Por isso, os hedonistas baseiam a sua existência na busca pelo prazer e na supressão da dor. Trata-se de um grupo de teorias morais que destacam que, de uma forma geral, tudo o que faz o homem é uma forma de conseguir/obter outra coisa. Só o próprio prazer é procurado por si só), (Ascetismo é uma doutrina filosófica que defende a abstenção dos prazeres físicos e psicológicos, acreditando ser o caminho para atingir a perfeição e equilíbrio moral e espiritual. Para os ascetas – praticantes do ascetismo – o corpo físico é fonte de grandes males, sendo inútil em termos espirituais, e renegam todos os desejos carnais ou mundanos. Por esta razão, é comum do ascetismo a pratica de penitências físicas, como flagelações, dietas rigorosas e frequentes jejuns. As desconsiderações e renegações dos impulsos naturais carnais seriam o único caminho para atingir a real sabedoria, exercitando o autocontrole diante das inúmeras tentações humanas). Ensinavam apenas um caminho que permitisse que o ser humano se volte para o próximo com uma nova atitude de acolhimento! Faziam compreender que os mandamentos gerais para todos – não matar, não mentir, não furtar, não praticar luxúria – não se correspondem amplamente a eles, mas também, em princípios, as exigências básicas de bondade e de alegria compartilhada, de compaixão amorosa de amor compassivo. Contudo, os paralelos entre os caminhos de salvação das religiões existentes não se restringem às figuras dos fundadores. Evidenciam-se também em certos desenvolvimentos que vieram mais tarde, sobretudo no monasticismo (Monasticismo ou monaquismo (do grego monachos, uma pessoa solitária) é a prática da abdicação dos objetivos comuns dos homens em prol da prática religiosa. Embora usando expressões diferentes, várias religiões têm elementos monásticos). A ideia geral é entender que nós não precisamos de uma religião para nos libertar, nem para falar com Criador.... Nós precisamos de nós mesmo e de nossos semelhantes unidos na espiritualidade para vivermos livres. Amar a si próprio e buscar em nosso livre arbítrio a presença do Criador.
Do Livro – Lady Stephanie Sophie “A criação dos sete mundos e a Criação do Planeta Terra"
Autor: Jose Meireles do Nascimento