Noite

A manhã era fria. A tarde, esquentou. Noite acabou de chegar e eu a recebi, com boas vindas e um riso amarelo. Esperando ter um alívio no sono que vai demorar a vir, mais uma vez, e que tem tornado minha vida um tormento. Os macaquinhos do sótão dançam alegres quando meu corpo pede paz e sossego. Quedê dos bichinhos arteiros obedecerem a dona? Nada. Corpo deitado, inerte, mente em turbulência. Sinto como se a morte viesse chegando para mim. Não me entrego e sigo como morta-viva nas exigências do dia que vai chegar.

Sônia Casalotti
Enviado por Sônia Casalotti em 23/10/2008
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