meninos em delírios

Acendo minha rotina

Como pólvora e máquinas de falar global

Artistas que não são valorizados

Estados que se acham civilizados

O homem foge de sua plenitude

Está contente com as partes que ele vê de um jornal

Que vem como prova e garantia

Que não há nada errado aqui

Como faço agora para enlouquecer

E como provo que não posso viver

Esperando a marca de uma chibatada

Esperando a arma para ser disparada

As engenharias mudam e os conceitos continuam iguais

Quero um apartamento para te encontrar

Um rádio que nunca desligue

Uma caneta em cor azul

E quando rasurar

Não há parte das promessas que se voltem em mal

Conflito do ser com sua integridade

Do que vejo como salvação

Do que vejo como a minha forma de elucidação

Do que é a minha cara

Não essa cara de panaca que aparece no espelho

Mas a vontade como fruto verdadeiro

Da poesia e suas conseqüências

‘PazAção’

Quanto à chuva que se mete a traçar minha solidão

São meninos em delírios a provar sua paixão

Que se faça a miragem em suma covardia

E que se prove que a força leal é a rebeldia

Que a tinta que contorna as letras

Nunca falhe quando falar de paz