GENTE SIMPLES

Cabisbaixos, pensativos, passos lentos!

Assim eles passam, com chinelos nos pés.

Boné na cabeça, bermudas surradas,

Pernas ressecadas pelo sol à pino.

Lá vão eles, rumo ao mar.

Remando seus barquinhos.

Com a certeza de enchê-los com peixes,

Para garantir o pão,

Para o sustento da família.

E garantir o pileque.

Lançam suas redes,

Ignorando o estrago que isto faz.

Ignorando o futuro escasso, pelo seu ato.

E suas bóias à noite, iluminam o mar.

Parecem estrelas caídas do céu.

Não têm outra saída.

Ou assim fazem, ou morrem de fome!

E de “sede”?

Sedentos de sonhos, de conforto,

De felicidade, de vida!

Olha o peixe fresquinho!

E a vida segue, simples assim.

Sem progressos!

rose amaral
Enviado por rose amaral em 20/10/2008
Reeditado em 20/10/2008
Código do texto: T1239163
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.