Errante pensar
A noite me oprime e segue profunda.
Aos ouvidos, apenas o som escuro da chuva.
Curioso sentimento esse que me circunda.
Absorto, ao leito me deito, e deito
ao caderno feito de páginas vazias,
em desocupadas palavras,
esse pensamento errante.
Eu, um ser finito e inconcluso, vivo
Na intersecção de todos os sonhos.
No contorno do todo e do nada.
Sobrevivo de reflexões que se alastram
nas estradas marcadas pelo meu rastro.
Sonhos espargidos dentro de mim
enraizados nessa minha mente escrava (...)
...Respiro ofegante o arredor infinito
que não sei onde finda e nem se ao menos finda.
E caso finde, desembocará extremo
em um portal supremo, onde perdidos,
nos acharemos todos,
Amantes, amores e sonhos.