Cimento

Ergo

monumentos

Durante os meus dias

Já tenho catedrais

Monumentais

Todos os sedimentos

sentimentos

Feitos com cimento

Que é a poesia

Em nome

Em graça

Em fruto em cor

Já fiz castelos divinais

Estatuas de bronze

Ouro e em prata

Brutos minerais

Feitos em elegia

Ao amor

Em praça publica

Em toda parte

Em montes,sinais

Nos altares ortodoxos

Nos jardins da cidade

Nos Museus de arte

Todos os lugares

Todos os belos horizontes

Que não são banais

A todo o momento sublime

Que eu passo

logo

emasso

rejunto

sublinho

petrifico

Não deixo cair

No esquecimento

construo

elevo

Faço mais um ninho

Faço amor

Faço hospedaria

Faço esplendor

Narro os acontecimentos

E logo seca o cimento

Logo nasce

Nasce outra

E mais outra

poesia.

Mathias Moreno
Enviado por Mathias Moreno em 18/10/2008
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T1234468