Cimento
Ergo
monumentos
Durante os meus dias
Já tenho catedrais
Monumentais
Todos os sedimentos
sentimentos
Feitos com cimento
Que é a poesia
Em nome
Em graça
Em fruto em cor
Já fiz castelos divinais
Estatuas de bronze
Ouro e em prata
Brutos minerais
Feitos em elegia
Ao amor
Em praça publica
Em toda parte
Em montes,sinais
Nos altares ortodoxos
Nos jardins da cidade
Nos Museus de arte
Todos os lugares
Todos os belos horizontes
Que não são banais
A todo o momento sublime
Que eu passo
logo
emasso
rejunto
sublinho
petrifico
Não deixo cair
No esquecimento
construo
elevo
Faço mais um ninho
Faço amor
Faço hospedaria
Faço esplendor
Narro os acontecimentos
E logo seca o cimento
Logo nasce
Nasce outra
E mais outra
poesia.