Em branco
O branco possui em si todas as cores. Todos os tons. Quentes e frios. Basta um feixe de luz para que estes possam aparecer ao mundo. Desde os vermelhos intensos aos pueris tons de rosa. Vermelhos apaixonantes, envolventes, sedutores; que em um breve mudar de luz tornam-se ingênuos, pueris tons de rosa. O laranja do fogo, o azul da tranqüilidade, o roxo da raiva, o verde da esperança, enfim, as cores fazem-se presentes mesmo sem ao mundo vir. Pois bem, é preciso sensibilidade para vê-las, digo, para enxergá-las. Uma vez que não são todos os viventes que conseguem alcançar todas as cores de um mesmo branco. Muita vez, as vistas enxergam somente uma tonalidade. Daí saem as primeiras conclusões, as quais tornam-se as últimas(digamos que,nem sempre!). O branco expande os lugares e dá lugar as idéias expandidas. Branco da paz, da pureza, da ingenuidade. Em meio as cores soltas torna-se apagado; diante do apagado torna-se aceso. É acesso a todos os outros tons. O branco não precisa mostrar as tonalidades para tornar-se atraente ao artista. Pois o verdadeiro artista sabe como utilizar as luzes e revelar suas diversas cores.