Pena que não mata!

É um veneno, que consome a minha mente, que vai invadindo meus sentimentos, e eu descobri que sou capaz de sentir as coisas mais funestas.

E de repente, até parecia que eu não é uma pessoa boa, tanta coisa ruim joguei pro vento, liberando toda a raiva e querendo me livrar daquelas lembranças, expurgar tudo da memória.

Por um tempo eu quis ser acometida por uma amnésia, pra não ter de pensar, pra não ter de me inervar, pra não ter de blasfemar, nem desejar a própria morte.

É.... pena mesmo que não mata! O arrependimento devia ser fatal, me envenena aos pouco, intoxica meus sentimentos e desapazigua a consciência.

É .... O arrependimento leva à demência, eu me peguei falando coisas que nunca imaginei pensar, eu me peguei agindo como se eu fosse alguém que não desejei ser.

Tudo isso porque despertastes em mim o pior dos meus sentimentos, descobri que as mãos dadas se sobram em pulsos fechados.

Incrível mesmo foi dessa forma me arrepender, tudo isso só porque o anjo das trevas sabe tanto se disfarçar, já estava bem na hora de não ser tão ingênua, eu sei que a única lembrança que tenho de você, eu quero simplesmente, esquecer.

Ah! como diz o dito popular, se arrependimento matasse...

Izabel Bento
Enviado por Izabel Bento em 12/10/2008
Reeditado em 15/10/2008
Código do texto: T1224412
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