Paredes da Miséria
Me recuso a ser igual,
A pertencer a um mundo desigual,
Me recuso a dar a mão,
À quem só aprendeu a empurrar...
Me recuso a agradar a todos,
Assim, perderia minha identidade...
Para cada grande escolha,
Há sempre uma nova crucificação...
Me recuso a esperar das paredes,
Elas estão lá, apenas por estar,
Indiferentes, de nada irão me preencher,
Desprezo o sistema, mas amo meu país...
Sou idéia centrada, jamais manipulada,
Sou tijolo que levanta, e não máquina que destrói,
Me recuso a ser igual,
Aos pseudos cidadãos de classe,
Idiotas recordistas da própria miséria...