Manhã de Outono

Silencioso penar da minha manhã de outono, mascarado por sorrisos...

Longo e inacabável dia...!

Às vezes penso até que lembre-te, mas não permito-me mais a ilusão.

Apenas sei do meu sofrer, mas nem dele quero mais saber.

Quem dera pudesse ainda ter a fantasia de teu fingimento... piedosa dose de morfina que adormece minha angústia.

Tento de qualquer forma que seja aliviar essa incansável espera estúpida e infinita.

Tenho tua superficialidade e de repente me pergunto se satisfeita (?!)...

Temo que nunca canse de mendigar tua dose de misericórdia.

Nem sei mais o que esperar de ti... talvez, absolutamente nada, ou quem sabe mera educação.

Cultivei-me a lágrimas e temperei-me com sofrimento, porém minha face agora é dura e frígida, o reflexo de minh’alma.

Minha pressa já nem existe... corri no tempo e joguei fora o que me restava de ilusão.

Agora já nem espero...

apenas espero!

(...) que o tempo passe.

A Sacerdotisa
Enviado por A Sacerdotisa em 11/10/2008
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