Meu Candidato
Ele não teria nome,
Poderia ser um qualquer,
Luiz ou Garnizé,
Desde que fosse homem,
E não comesse de colher...
Não carecia de partido,
Chapas ou movimentos fedidos,
Não importaria se tivesse rugas,
Contanto que não fosse cercado de vermes, lesmas e sangue-sugas...
Não faria campanha,
Enganações fúteis e provincianas,
Bastava apenas honrrar o berço,
E se preocupar com os outros...
Não precisaria de votos,
Armações eleitorais informatizadas,
Teria apenas a confiança,
De um povo educado e instruído...
Não faria promessas,
Armas infalíveis do regresso,
Apenas combateria o erro,
Dos corruptos e ladrões do passado...
Não defenderia Nação,
Terceiro mundo miserável,
Mas aliciaria os princípios adormecidos,
De um verdadeiro Estado de Glória...