A luz acende a campainha toca
Entro e sento-me. Observo, não a procurar.
São pessoas como todas, estranhas e previsíveis.
Deparo-me, logo me atento.
Está em pé, ela também.
Olha,
Repara,
Desvia.
É tão comum, são pérolas de ônibus.
Para,
Abre,
Entra,
Sai.
Ela o olha, admira,
Percebe, logo desvia.
Seus olhos não negam, nunca negaram.
É tão comum, são apenas atrações.
Ele encara.
Não vejo muito bem,
Está de costas para mim.
A luz vermelha acende, a campainha toca.
Anda até a próxima parada.
Freia,
Abre. Ela desce.
Parte.
Não trocaram nem telefone.
Nem se quer sabe seu nome.
Enfim, é o fim.
Nada, e outro dia qualquer.