Medo de esquecer

Tenho medo de não mais lembrar das suas feições, do seu olhar, das suas conversas. Penso que não me satisfarei em ter somente uma vaga lembrança de ti.

Foi-se o tempo em que pude me dar o luxo de querer apagar da memória fatos homéricos como os que tu me proporcionara. Me sinto obrigado a tentar lutar mais do que os gladiadores para felicitar a mim mesmo.

Desbravarei caminhos estreitos, nítidos defeitos e evitarei maus feitos só para enxergar novamente a sua pele com cheiro de eu...

Não quero optar por vacinas pouco eficiêntes, quero ter o prazer de sofrer deste mau até que ele seja exterminado por si só, ou multiplicado por motivos de força maior.