Pra ser sincera...
Passei a vida a ancorar minha pequena barca
em cais duvidosos e com amarras pouco confiáveis.
Joguei meus sonhos no clarão do luar,
afundei os meus medos nas areias,
que passaram despercebidas ao mar...
Passei embaixo de tantas pontes,
segui o curso, atalhei entre vales e montes,
deixei o meu bom senso mandar.
Flutuei na natureza revoltada,
e briguei com a paz nos momentos de dor.
Roguei ao deuses um pouco de sabedoria,
driblei as deusas da ironia,
roubei do arco-iris a cor.
No local mais improvável,
da maneira mais admirável,
eu encontrei o amor.
E pra ser sincera...
eu não esperei,
eu fui a própria espera.