A encenação do cotidiano

Como posso eu lembrar ou raciocinar coisas que eu não passei?

Como posso sentir texturas e sabores desconhecidos?

Como posso sentir vontade de chorar sem fazer parte do enredo? Se nem ao menos sou atriz coadjuvante, neste caso eu sou apenas ponta?

Estou em um filme?

Sou louca?

O que passa?

O que é?

Necessito saber antes que o dia amanheça, e traga com ele os falsetes do dia a dia, onde mostramos e atuamos o que não somos. Talvez até sejamos, mas é uma forma melhorada de nós mesmos. Como diziam: “ A noite esclarece, o que o dia escondeu...” ou não...

F Abreu
Enviado por F Abreu em 20/09/2008
Código do texto: T1187737
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