Angustia
Sob sinuosas sombras
Que tresloucadas e bambas
Serpenteiam como víboras endoidecidas
Entra em silencio, entristecida.
Marca meio torto um compasso
De pobres sonhos, os passos
De dama caída em debalde enlevo
Esmorecida, cabisbaixo...medo.
Sob enxurradas enlameadas
Em sentinelas encravadas
Busca-se o desvio da maldição
Sentidos incapazes se vão
Muda, surda e fora da realidade
Nem busca fugir de tal maldade
Segue impossível caminho
amargo engano, azedo enlinho.
Cai...se levanta, e cai
Palavras atiram-na e ao chão se vai
Como de pedra o coração
Nem lágrimas nessa tal de prisão.