Sinal Vermelho

Seus olhinhos estavam apertados

Seus lábios trêmulos

Fazia frio

Embora o sol

refletisse seu brilho nos retrovisores.

Não sei se te movias rapidamente

para te esquentares

ou para escapar.

Fiquei me perguntando

onde te refugias

no escuro da noite.

Vi alguns buracos a nossa volta.

Mas buracos são lugares gelados.

Não servem de abrigo nem para serpentes quando estas estão a procura de calor.

Um veículo quase te leva junto.

Mas corres, habilmente

E sobrevive novamente

Lacrimejei por horas seguidas

Esperando que cada lágrima fosse uma estrela

Para que em cada boa ação tua

Se tornassem moedas e caissem em tuas mãos

assim como contam os Grimm.

Tolice minha...

Ao invés de contos de fada, conheces a realidade

Talvez melhor que eu.

Juro que tento

Sei que tirei alguns semelhantes teus

Deste mundo em que te manténs

Frustração...

Tu continuas ali

Brincando de limpar parabrisas

No mesmo semáforo

Diariamente...

...constantemente.

Caroline Garcia Cruz
Enviado por Caroline Garcia Cruz em 19/09/2008
Reeditado em 19/09/2008
Código do texto: T1186023
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