A Rosa e a Serpente

A vida as vezes é falha,

E ao mesmo tempo tão santa,

Quem julga insanidade,

Não promete esperança...

É que estamos cansados,

O dia vai, e a noite chega,

E nada de resultados,

Não assumimos a culpa, mas insistimos na queixa...

Tudo já está comprometido,

Até a nossa própria lei,

Que hoje está detida e inoperante...

Os riscos não compensam,

E o nosso suor, quase todo nos é perdido...

Não há chances de reforma,

Se o que reforma está quebrado...

Não há luzes na cidade,

Se o sol nos nasce escuro e quadrado...

Para onde irmos,

Se tudo já está contaminado?

A Rosa virou Serpente,

E a serpente hoje é sagrada,

O veneno hoje é morte,

E a morte virou contento...