A futilidade

A futilidade

A futilidade não é humana. Nos fazem fúteis. O sistema, com seus dogmas, nos faz acreditar que pagando nossas contas em dia, trabalhando cada vez mais e ganhando nosso suado dinheirinho em um emprego merda de 9 às 17 seremos mais felizes. Oh, mera ilusão! Bobo é quem acredita. Bobo é quem se deixa levar, quem condiciona sua mente às falidas limitações de um sistema que nos quer escravos, dementes e idiotas, comprando, comprando, comprando.

Nos fazem meras máquinas, objetos que compram, que conversam, que reproduzem comportamentos e idéias disseminadas pela “classe dominante”, ampliando assim o rol de ação dos que querem nos dominar. Pobres de nós, que enxergamos a verdade que exponho nessas poucas linhas. Seremos marginalizados, excluídos, vistos como “os estranhos”, “os anti-sociais” do mundo. Será que é tão ruim assim enxergar ao longe?

Às vezes pergunto o que há de mais em ser fútil. Sim, porque para mim, ser fútil é ser bobinho, ingênuo, aquele tipo de pessoa que não consegue enxergar além das aparências. Será que ficar só na aparência é assim tão ruim?

Os antigos já diziam: “quanto maior a altura, pior a queda”. “Quanto mais se aprende, mais se descobre que nada se sabe”. Acho que podemos aplicar esses ditados a nós mesmos: quem mais conhece, mais vê como é ruim ser abençoado pela inteligência. Quantas vezes já não desejei ser burra, ser cega para a realidade? Inúmeras! Talvez assim sofresse menos pelos outros, pelos que me cercam e se afogam...

JaquelineS
Enviado por JaquelineS em 03/03/2006
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