Eu... poeta
ser humano sendo
tenho procurado o céu
com suas estrelas
com o luar
e caso não seja noite
procuro este mesmo céu
com sol
após a chuva
lá está um arco-íres multicor
como multicores são e estão as rosas
que também procuro
no jardim da imensidão
dos meus devaneios poéticos,
mas quando o céu foge de mim
imagino e crio o meu próprio céu
ao bel-prazer da minha inspiração;
não me é difícil isso fazer
pois de posse do desejo não concretizado
simplesmente faço versos
usando este céu
virtual ou real... pouco me importa
pois neste céu...
imagino e desenho com palavras
na folha em branco
descrevo e escrevo
a lua criada por mim
refletida no meu mar
adornado por minhas estrelinhas
como se fossem peixinhos dourados
nadando, saltando obstáculos
cavalinhos-marinhos estão
neste sonho encantado
da minha praia
a areia se prolonga
até um gramado infinito com flores do campo
em poemas
que às vezes finalizo com palavras de amor
de encantamento
de desalento
dependerá do momento
mas... mesmo encontrando
todos meios, rumos e formas
de encontrar todas estas coisas...
resumidas elas estão
num subterfúgio para te encontrar...
amor tão perto e distante de mim
então
me pego pensando
que mesmo assim
na poesia
com todos estes referenciais poéticos
não encontro nas encruzilhadas da vida
o caminho do seu coração
bifurcado mundo desconhecido
terra que ninguém manda
aonde ninguém chega
Se é um paradoxo? Não sei...
talvez seja um conceito em forma de contra-senso
quem sabe
um absurdo da contradição,
pelo menos na aparência,
contentar-me-ei doravante com o meu céu
pois perdido estou
dentro do céu do seu coração
sendo eu___sem você?
Só mais um poeta perdido
neste mundo de fantasia.
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Agradeço e dedico este pensamento
ao nobre amigo e poeta
BARRET
que sempre me incentiva a escrever.
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