Mata-tempo

As coisas acontecem ou deixam de acontecer de uma forma tão voraz... tão eficaz...

Dos amores em que um dia eu me perdi...

Hoje, já não sinto mais...

O dia a dia limita, e você pode até não perceber

Mas, o sonho que um dia te frustrou,

O tempo quem te fará esquecer...

Os dias que se arrastam, passam tão lentos...

Morrendo...

Vivendo a vida...

Vivendo...

Matando o tempo...

E quando menos se espera já é o fim do mês...

E de tudo que aconteceu, nem se lembra o que fez...

Mas se apenas por um segundo o tempo parasse...

Quem sabe tudo mudasse;

Se ao menos um minuto o relógio do mundo quebrasse...

Eu correria e escalaria os muros temporais

Pra quem sabe poder um outro tempo buscar

A paz que eu quero achar

O momento que quero valorizar

O dia que não quer acabar

Se o tempo parar...

Tudo que acontece aqui não são simples acontecimentos

Nada aqui dura pra sempre, tudo se esgota com o tempo

É o único capaz de destruir sua melhor lembrança

E também de provar se há ou não...

Motivo...

Pra se ter esperança

Tudo que acontece não são simples acontecimentos

O amor da sua vida pode se tornar tormento, o tempo

É o único capaz de dizer quem é quem, e como poderia ser

E só ele tem o controle, sobre tudo o que ainda vai acontecer

Tudo que acontece nunca são só simples acontecimentos

(Quem disse isso não sabe nada da vida!)

A boca fechada e os olhos abertos

Serei eu o dono do meu tempo

É tempo das desilusões

E de buscar rumo no deserto;

É tempo das frustrações,

De fazer errado e aprender o certo...

Nada disso é em vão!

Se aprender sua lição

E perceber que não existe mais tempo...

Pra desperdiçar...

Esperando um momento...

Que pode nem chegar

Que mesmo no numero apontado por um ponteiro

Não pertence a você, mas o “seu” tempo é só seu,

Cabe a você fazer de cada minuto um momento único...

Ou viver, matando o amanhã... esperando pelo futuro...

A eternidade é a sombra do tempo

Andamos sob a mesma buscando a luz

Ela não pertence a ninguém;

Ser humano é ser apenas isso!

Um momento...

Nada além...

(Johnny Amaro)