CORTANDO AS ASAS

Não foi comum toda aquela dança que fez nosso corpo tremer, especialmente o seu.

Me pego desconjurada sobre o efeito do beijo teu, naquela maldita madrugada de abril.

Quando me vem as poucas e eternas lembranças, fico em transe, como se seus olhos ainda estivessem a me fitar.

E vou sentindo falta de tudo aquilo que você fez, mas vou cortando cada deja vu, pois através daqueles flashes, derramo lágrimas que já se encontram esgotadas, e paro para não mais pensar.

Contudo, aquela sensação das pegadas intensas de suas mãos e aquilo que você fazia com meus lábios são mais fortes que eu, mais fortes que a raiva que insisto em cultivar.

Um ódio infantil, mal calculado e que talvez faça sentido apenas para mim, ou pelo menos prefiro acreditar nessa mentira, para esquecer-te mais rápido, para superar essa maldita distância, para entender de vez que aquilo tudo não passou de uma experiência, e que você nunca me pertenceu, mesmo eu ter dado tudo de mim, a minha alma.

02/09/08

Gabriella Gilmore
Enviado por Gabriella Gilmore em 02/09/2008
Reeditado em 30/01/2018
Código do texto: T1158888
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