Roda da confusão

Confio na luz que ainda brilha no farol através do nevoeiro...

Certo de que apago primeiro sem finalizar a neblina...

Não sei porque, preciso ser o que trilha em meio as sombras...

O primeiro, o derradeiro, o outro e o mesmo...

Sobrivendo ao caos e a um dia a dia tão banal

Um ser talvez vivente consciente de ser mortal...

Que luta apenas para não morrer...

Sem um motivo egoista pra realmente viver...

Posso correr, posso tentar, posso sentir e acreditar...

E isso é tudo que posso...

Além do mais, nunca passei disso, nunca pude mais...

Voce pode até me enganar, mas eu sentirei...

Ao olhar dentro do seu olhar dentro do meu olhar...

Tudo não é nada... nada não é tudo...

O que me condena são os pés na escadaria sem fim... um a um...

Hora se sobe, outra hora se desce...

Passo a passo nunca chega aonde não sei bem... ainda...

O brilho que busco sem ter visto...

Em olhar nenhum refletiu... apenas os ofuscou...

Eu não sofro mais... pra que?

Me ponho a cogitar, costumo perder um minuto...

Nas possibilidades que pairam no ar...

Tentando sempre decifrar...

Deve haver um porque de tudo...

O dia de sol não me anima... não hoje...

O dinheiro não me traz felicidade...

...

Sinto o inverno no ar...

Um dia comum como hoje, como qualquer outro...

Voce deveria me entender... voce ja foi um dia...

Tälvez por um dia voce tenha sido eu... quem sabe?

Mas que sou eu pra me explicar pra voce?

Fica a seu critério, me pintar da cor que for...

Eu sou um instante...

Sou o brilho, não sou o diamante!

Posso até ser para uns a sensação do torpor...

Pra outros só um coração cheio de dor, cheio de amor...

Pro mundo posso ser qualquer coisa alfa-numérica...

Um numero de documento...

Um ser humano... jovem...

Se sentindo velho...

Posso ser os livros que li, e as coisa que eu vi...

Mas se eu vi... foi por que eu precisei...

Mas, eu não sou!!!

Nem nunca serei!!!

Nada além!!!

Nada além o que a linha da vida traçou diante dos sonhos que sonhei...

Ando entre a multidão e o deserto...

Abro algumas portas e fecho algumas janelas...

Eu tenho uma dor que em mim é oculta!

No motivo do meu medo...

Que me obriga a ter coragem...

Determinação de prosseguir...

Sozinho...

Na minha própria luta...