COMUNHÃO COM CRISTO OU COM AS FINANÇAS?
Comunhão com Cristo ou com as finanças?
Hoje em minhas andanças é comum deparar-me com fatos que poderiam até virar piada, não fosse tão sério o problema que tem atingido grande parte dos CRISTÃOS, em diversas denominações, pentecostais, tradicionais, liberais e indefinidas.
Há um tempo atrás ouvi de uma irmã, algo que hoje tem me levado a meditar durante horas por dia. Estávamos a conversar, quando ela me falou o seguinte: Estou pensando em sair da igreja, já faz um ano que estou dando o dízimo e nada acontece, vejo todas as pessoas que dão o dízimo prosperarem, menos eu e continuou algo deve estar errado e se não é comigo é com o pastor, pois ouvi dizer que dar o dízimo em lugar que não está agindo de acordo com a palavra de Deus é trazer maldição pra si próprio.
Recordo-me bem de na época não ter dado muita importância ao que estava ouvindo, apenas lhe falei algo sobre o dízimo não ser passe de mágica dada as estatísticas de que os mais ricos não são dizimistas, e muitas vezes nem cristãos, porém ultimamente tenho ouvido tanto as pessoas dizerem que Cristo as abandonou, ou que elas iram abona-lo por qualquer motivo que seja, que tenho refletido muito sobre isso.E sobre minhas atitudes também.
Ultimamente o que temos buscado, estar em comunhão com Cristo ou com as finanças? O que realmente satisfaz o nosso ser? O que nos parece mais desagradável estar sem dinheiro ou sem salvação? E o que tem nos impulsionado a ser dizimista? Que motivo tem nos levado a não faltar os cultos?
Ser dizimista é algo maravilhoso, e creio que Jesus realmente abençoa aqueles que generosamente abrem mão de parte do seu suor para entregarem na casa do Senhor, creio sim que ele não permitira que falte o mantimento para quem o faz de todo o coração.
Eu creio também que Deus ainda sonda os corações. Ou não? Acaso Deus não sabe quem são aqueles que dão porque querem em troca, ter ainda mais. E será que ele também não tem consciência de que alguns, não dizimaram porque estava seu filho doente e ele precisou comprar o remédio.
É fato que o dízimo trás bênçãos, e não creio que deixar de da-lo possa trazer maldições divinas.
Porém alguém conhece maldição maior que viver apegado ao dinheiro, que ter no dinheiro a sua única fonte de segurança, e viver na mesquinhez de possuir cada vez mais, sem ter com “quem” gastar, pois já se adquiriu a psicose de achar que todos se aproximam por dinheiro.
E ao chegar uma doença, você gastar tudo o que passou a vida juntando, na ânsia de conseguir curar-se de um mal que o atingiu, e vê sua esperança ir embora, sem ter com quem contar, sem ter um ombro amigo pra contar, sem ninguém que ore com você. Acho que essa é a maior de todas as maldições.
E a benção que o dízimo trás? Inúmeras . Como a igreja se manteria sem ajuda financeira? Pela sua ajuda à igreja você já tem pelo menos uma pessoa que ora por você e torce pelo seu sucesso; o pastor. E pense nas obras que a igreja faz com o dinheiro que você doa.
Imagino as pessoas carentes que recebem aquele auxilio que vem da igreja, mas que elas sabem que vem de pessoas, que generosamente se despreenderam de parte do que era seu, em benefício do próximo, e sempre as imagino orando e dizendo: Pai, abençoa as pessoas responsáveis por este alimento que chegou a mim, que nunca falte nada aquele que nunca tem me deixado faltar. Eu não a conheço, mas peço que o Senhor a conceda toda sorte de benção.
E aqueles que do outro lado do mundo recebem uma ajuda missionária. Os imagino orando assim: Pai, abençoa aqueles que por misericórdia de nós nos enviaram está ajuda, e assim podemos conhecer a Verdade, que nunca venha lhes faltar nada, e que o Senhor possa cada dia dar-lhe mais para que eles venham cada dia ajudar mais pessoas.
Infelizmente, muitas vezes não damos o dízimo pensando em o quanto podemos ajudar e sim em o quanto Deus pode nos dar em troca. O que nos leva a ter uma fé mesquinha, em que achamos que só estamos bem, quando estamos em comunhão com as finanças.
E ainda achamos que estar em comunhão com as finanças significa estar em comunhão com Deus, quando na verdade as pessoas que mais tiveram em comunhão com Cristo, que foram os apóstolos, viviam no limite da escassez, geralmente sem saber se teriam onde dormir ou o que comer, o que me leva a crer que precisamos tomar uma decisão séria.
Queremos estar em comunhão com Cristo ou com as finanças? Cristo nos satisfaz mesmo quando estamos falidos?
Para ter dinheiro não é preciso ter Cristo, E para ter Cristo não é preciso ter dinheiro. Se o dinheiro for para Cristo, amém. Se cristo for para ter dinheiro, nunca foi Cristo.
Venettia Alves