Faz de Conta
Faz de conta.
Se eu durmo em solidão é por quê não encontrei em teus versos um pingo de razão.
Perdi minha identidade e hoje se penso é na busca de esconder minhas profundas cicatrizes e encontrar em algum lugar que eu fui.
Faz de conta que minha doença tem cura e pra mim o fundo do poço bate em meus quadris.
Faz de conta que nada deu errado e a felicidade mora ao lado, faz de conta que eu ainda vivo e sei ser feliz.
Faz de conta que meu sono é passageiro, e terei forças pra gritar ao mundo inteiro que o poeta volta logo, e é eterno na terra dos mortais ou uma pluma guiada pelos ventos ferozes da sociedade de aparências que vende barato o que não tem preço.
Se eu parei em algum momento perto da chagada é por que o céu vai desabar quando meus ombros cansarem.
Se eu durmo em solidão é por quê só eu me vi em duvidas e medos que riem de mim.
Jane.
A febre agora parece que gostou do meu organismo e demora á passar. Vou dar um olá para as estrelas, ouço delas que meu silencio é eterno por isso me calo e só as ouço falar, e me pinto como criança que só quer brincar sem se preocupar com as horas ou se fechei as portas pra nenhum estranho entrar...