Insônia
Para que essa agonia de ir dentar-me nos braços de Morfeu?
Talvez seja melhor ficar de pé. Olhar a lua, escrever, ler, ouvir as vozes do meu espírito, já que agora ele pode se libertar sem ser censurado.
Estás livre. Pode voar por onde quiser.
Vá e traga as respostas e novas perguntas, porque não quero parar.
Parar é perder tempo.
Mas que tempo é esse?
Contando apenas no relógio?
Para mim os dias e as noites são iguais.
Os meses, os dias são como se fossem os mesmos. Nada muda...
Sinto a mesma sede.
A mesma fome.
A mesma angústia.
A mesma ansiedade.
E as mesmas dores.
Então, vou continuar aqui com a caneta nas mãos e o papel a rabiscar.
Até o outro dia, que será o mesmo, começar e terminar novamente.