Insônia

Para que essa agonia de ir dentar-me nos braços de Morfeu?

Talvez seja melhor ficar de pé. Olhar a lua, escrever, ler, ouvir as vozes do meu espírito, já que agora ele pode se libertar sem ser censurado.

Estás livre. Pode voar por onde quiser.

Vá e traga as respostas e novas perguntas, porque não quero parar.

Parar é perder tempo.

Mas que tempo é esse?

Contando apenas no relógio?

Para mim os dias e as noites são iguais.

Os meses, os dias são como se fossem os mesmos. Nada muda...

Sinto a mesma sede.

A mesma fome.

A mesma angústia.

A mesma ansiedade.

E as mesmas dores.

Então, vou continuar aqui com a caneta nas mãos e o papel a rabiscar.

Até o outro dia, que será o mesmo, começar e terminar novamente.

F Abreu
Enviado por F Abreu em 24/08/2008
Reeditado em 24/08/2008
Código do texto: T1143114
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