Fatos são atos de pura resistência
Eu sei o que faço e faço sozinho
Pois eu vivo numa cela
O meu corpo não abriga
Todos esses sentimentos que penso ser
E tudo é assim porque cuido da matéria
E não evolui a mais, tem medo de ir atrás
Quando a viagem estabeleceu o seu padrão
E os viajantes obrigados a seguir
Não consegui assim entender
E seguir no mesmo vagão
Pulei algumas partes, não discuti a minha idéia
Para que eles não escutem tudo que tenho a dizer
Pois se eu falo e ninguém me escuta não estou nem aí
Mas quando falo e eles me devoram com olhares de piranhas na cidade das promessas
Olhe bem a sua saia, antes de criticar, abrir o seu corpo ao vento, antes de entrar com um só lamento, eu tenho os meus tormentos eles me guiam e me ignoram, mas não estou aí para nomes e comícios onde encontram podridão, nossos nomes foram trocados e colocados na sua podre visão
Enxergo com olhos de leão na selva que não deveria passar de sobrevivência, os fatos são atos de pura resistência