Iguais
Ai vão os próximos capítulos da minha novela pessoal,
meus dramas incontáveis, meus desníveis, altos e baixos, meu desgaste natural...
Minhas guerras, sem futuro, tudo indo por água abaixo. Mas mantenho a postura, não me deixo, não me abalo.
Ai vão meus sentimentos, voando pela janela, caindo do penhasco,
turvos, sem sentido.
Ai vão minhas canções de amor eterno e vitórias,
melodias melancólicas de corações partidos.
Ai vão, marchando solitários, os meus pensamentos desleais.
No vai e vem das minhas emoções, nas peças pregadas pelas distrações, ou nas cartas que insistimos em jogar,
no fim das contas, somos todos iguais.