Amor meu
Eu não procuro alguém pra chamar de meu. Procuro alguém pra me chamar de seu.
Qual a diferença, você diz? Ao querer alguém que seja meu, busco única e exclusivamente minha satisfação.
Pode parecer forte, mas é verdade. Quero posse, que a minha vontade seja satisfeita (pelo menos na maior parte das vezes).
Quero alguém pra afugentar meu sentimento de solidão, para me dizer
o quanto sou importante, bonito, o amor da sua vida.
Procuro alguém que faça com que eu me sinta bem. Que levante o meu astral.
Pode haver amor? Sim. Vai durar? Provavelmente não.
Ao procurar alguém que me chame de seu, estou envolvido com a felicidade dela. Sinceramente.
Não quero abrir mão de mim mesmo, mas sei que este tipo de abordagem facilita bastante as coisas.
Acabamos descobrindo juntos o que temos em comum, pela busca de coisas que atraem os dois.
Acabo descobrindo coisas novas, pelas diferenças que temos.
Coisas que gosto e que não gosto, mas lidar com isto nunca deve ser um problema.
E por aí podia seguir uma lista imensa de coisas, mas tudo apontando para o mesmo:
É aquele tipo de amor que deseja que o outro se sinta bem. E que quer ser parte da construção dessa felicidade.
Procuro alguém que deseje, mais que tudo, que eu a chame de minha.