Nossas lembranças, pai!
Na inocência dos passos cambaleava como se estivesse entre nuvens..Mãos gigantes amparavam os gritinhos de euforia a cada passo reticente.
Encontro de forças.
Delicado ele era no amparo, frágil quando a lágrima brotava e fazia longos riscos em seu rosto.
Não entendia, mas o amava.
Passaram-se anos e seu amor feito carvalho permaneceu.
Hoje seus passos são nas nuvens..Equilibra-se na inocência desta nova morada. Lágrimas riscam meu rosto ao lembrar-me de você, Pai!
São lágrimas de saudades da época que estivemos juntos, do sorriso simples de um homem que foi criança em seu tempo. Não perdeu a espontaneidade, não se fazia de rogado quando o assunto era brincar de viver. Ficamos privados de sua companhia física, pai, mas ninguém tira de nós as raízes das lembranças.
Beijos, meu querido! Amor eterno!