Nossas lembranças, pai!

Na inocência dos passos cambaleava como se estivesse entre nuvens..Mãos gigantes amparavam os gritinhos de euforia a cada passo reticente.

Encontro de forças.

Delicado ele era no amparo, frágil quando a lágrima brotava e fazia longos riscos em seu rosto.

Não entendia, mas o amava.

Passaram-se anos e seu amor feito carvalho permaneceu.

Hoje seus passos são nas nuvens..Equilibra-se na inocência desta nova morada. Lágrimas riscam meu rosto ao lembrar-me de você, Pai!

São lágrimas de saudades da época que estivemos juntos, do sorriso simples de um homem que foi criança em seu tempo. Não perdeu a espontaneidade, não se fazia de rogado quando o assunto era brincar de viver. Ficamos privados de sua companhia física, pai, mas ninguém tira de nós as raízes das lembranças.

Beijos, meu querido! Amor eterno!

Carmem Lucia
Enviado por Carmem Lucia em 09/08/2008
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