Minhas folhas estão em branco.

Um dia recebe folhas em branco,

nelas tinha que escrever tudo que acontecesse comigo.

Tudo tinha que ser registrado como modo de expressão da própria alma.

Seria mais um modo de terapia para este mundo cruel em que vivemos.

Essas páginas em branco seguem-me por aonde vá;

são elas que muitas vezes me acariciam quando preciso.

São elas que absorvem minha lagrimas, quando me desobedecem, e rolam.

Achei que a solidão não seria boa companhia,

mas percebe que é uma ótima ouvinte.

Encontrar-me em meios aos meus pensamentos;

entre as drogas de perguntas sem respostas

e entre respostas seguidas de outras perguntas.

Minhas folhas ainda continuam em branco,

a espera dos meus pensamentos , das respostas,

perguntas e das palavras se encontrarem um dia.

Núria Mariana 03/08/08

Núria Mariana
Enviado por Núria Mariana em 03/08/2008
Reeditado em 04/08/2008
Código do texto: T1111656
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