a harmonia das estrelas e o cotidiano

Certa vez estava lendo um livro do físico Marcelo Gleiser, onde o autor relatava uma biografia do também físico e astrônomo Kepler, é interessante notar que os nomes dos livros são os mesmos, ou seja, tanto do Marcelo quanto do Kepler: "A harmonia do mundo", porém, um tem uma análise desta harmonia cósmica, já o biógrafo conta de uma forma romanceada a vida do homem que buscava ouvir o som das estrelas.

Há uma passagem, dentre tantas, que é muito interessante, pois o físico estava "sondando" as estrelas e estava a ponto de constatar sua formulação física onde poderia detectar as órbitas dos planetas, com suas dimensões e suas "danças cósmicas", com isto poderia finalmente ser um "gigante" nesta área e contribuir para o avanço da cosmologia, porém, tinha que lidar com seus cotidianos com problemas de ordem religiosa, financeira, quase passava fome com os familiares e intelectual, onde as pessoas não percebiam o heliocentrismo (helios= sol, como centro) e sim o geocentrismo.

Conforme o título do nosso texto: "a harmonia das estrelas e o cotidiano" fica aí uma base para nossa reflexão: quantas vezes temos sonhos tão belos, vontades tão sublimes e amores tão criativos, porém, com tamanhas "limitações cotidianas", deixamos ou quase, nossas buscas e nossos sonhos tão caracteristicos e que nos fazem revelar o âmago do ser. Diante disto podemos recuar e viver uma existência tão insignificante, ou sermos como Kepler e sabermos lidar com tantas dificuldades e se tornar um grande homem com uma contribuição ímpar para a humanidade.

celofilosofo
Enviado por celofilosofo em 03/08/2008
Reeditado em 11/02/2009
Código do texto: T1111491