E eu não vou recomeçar...
Sempre assim, andar pelas ruas sem rumo, diante de um castigo que não tem fim, coitado de mim que busco algo que não existe mais aqui, perto de mim, perto do amor infinito, perto de tudo que um dia fez parte de uma felicidade, passado que não esqueço.
Sempre assim, eu penso em destruir cada segundo de lembrança, nessas ruas, momento vivos ainda presentes, cores, sons e música tocando no meu ouvido, fotografias tiradas dos sorrisos, estes que ficaram estampados em portas-retratos, vidros quebrados, varridos, no lixo em decomposição, agora, por anos, essa matéria cheia de recordações, sonhos desfeitos.
Sempre assim, alguém chega e traz esperança, eu bobo, acredito que vai passar, essa nova experiência, esse lindo alguém, que não é capaz, de ser um novo alguém, como aquele dos portas-retratos, sorrisos não subtituídos, novo, tão bom! Mas não é igual, tão bom, nada repete-se, eu deveria saber, que poderia ser como foi, o outro, aquela felicidade, passado, não consigo fazer denovo.
Sempre assim e eu vou não recomeçar, sempre assim...