PERDÃO

Não te detenhas!

Torna à presença do companheiro que te feriu e

perdoa, ajudando-o a recuperar-se.

Reflete e ampara-o!

Quantas dores e quantas perturbações lhe

vergastaram a alma, antes que a palavra dele se

erguesse para ofender-te, ou antes, que o seu braço,

armado pela incompreensão, deferisse contra ti o

golpe deprimente?

Guarda a calma e auxilia, sem cessar.

Mais tarde, é possível que não possas, por tua vez,

suportar o horrendo assalto da ira e reclamarás,

igualmente, o bálsamo da alheia compreensão.

Retorna ao teu lar ou à tua luta e espalha, de novo,

a bênção do amor, com todos os corações que jazem

envenenados, pelo fel da crueldade ou pela peçonha

da calúnia.

Não hesites, porém! Perdoa agora, enquanto a

oportunidade de reaproximação te favorece os bons

desejos porque, provavelmente, amanhã, o ensejo

luminoso terá passado e não encontrarás, ao redor

de ti senão a cinza do arrependimento e o choro

amargo da inútil lamentação.

sergio balsanulfo
Enviado por sergio balsanulfo em 25/07/2008
Código do texto: T1096479
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